O culto ao Falo, visto como um símbolo da energia criativa, desempenhou um papel essencial dentro de inúmeras culturas.
As tradições mais fortes da arte fálica ocorreram no Egito, Grécia, Índia, e Europa do Norte.
Mitos, costumes e uma vasta produção de arte tiveram como centro o simbolismo fálico, cuja origem remonta os períodos anteriores ao Neolítico a aproximadamente 8000 anos antes de Cristo.
A imagem do Falo é considerada até hoje como um importante símbolo do inicio da civilização.
Alguns estudiosos consideram que o culto ao Falo está inclusive na origem de muita religiões, dentro das quais ele seria a imagem do criador da humanidade.
Em muitas culturas, a contemplação, a degradação e o rebaixamento daquele símbolo sagrado são utilizados para provocar a ira dos deuses e demonstrar indignação pelo abandono da raça humana que se encontra fadada à extinção.
Os antigos também costumavam atribuir ao Falo determinados poderes mágicos, entre os quais o de ser particularmente eficaz contra o olho maligno.
No Egito e no mundo Greco-Romano, o Falo era dotado de atributos que dispersavam forças obscuras e demoníacas.
Numerosas referências podem ser encontradas na literatura européia a respeito dos poderes mágicos dos objetos fálicos, todos eles capazes de obstaculizar os mais diversos tipos de infortúnios.
Na Roma imperial, por exemplo, o falo da besta era usado para dar boa sorte, dissipar o perigo e afastar as forças do mal.
Em cada esquina da antiga Atenas havia um cippus dedicado a Hermes.
O cippus consistia em uma coluna quadrada coberta com a cabeça do deus, na qual estava esculpido o órgão genital de Hermes ereto, órgão que era tocado pelos transeuntes para atrair boa sorte.
No sul da Itália, os marcadores fálicos de limites territoriais ainda podem ser vistos hoje em dia.
Alguns deles são formados por blocos de pedras ou colunas das quais emergem falos, muitas vezes acompanhados por uma cabeça humana.
Nas épocas romanas o Falo foi chamado por diversos nomes.
Os principais foram Hermes, Priapus, Líber, Tuttinus e Mutinus.
Nos países do Mediterrâneo os emblemas fálicos reais e simbólicos foram plantados freqüentemente nos campos das fazendas para atrair sorte e chuva, além de propiciar a fertilidade da terra.
Na Índia a imagem do falo protege as casas e o templos contra as forças das trevas e a má sorte.
Um Falo de pedra é adorado em cada casa e grandes Falos de madeira sagrados são levados em procissões.
Até hoje os símbolos fálicos são muito utilizados, às vezes disfarçadamente, às vezes não.